A campanha Julho Amarelo reforça a importância das ações de vigilância, prevenção e controle das hepatites virais. Essas doenças são um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo e, por isso, é preciso atenção ao consumir informações sobre o tema.

 

As hepatites virais são infecções que atingem o fígado, causando alterações leves, moderadas ou graves. Na maioria das vezes, são infecções silenciosas, ou seja, não apresentam sintomas. Elas são causadas por vírus e algumas hepatites se dão pelo uso de medicamentos, álcool e outras drogas, assim como por doenças autoimunes, metabólicas ou genéticas.

 

Todo caso de acidente de trabalho ocorrido com quaisquer categorias profissionais, envolvendo exposição direta ou indireta do trabalhador a material biológico (orgânico) potencialmente contaminado por patógenos (vírus, bactérias, fungos, príons e protozoários), por meio de material perfurocortante ou não, exige-se a notificação no SINAN. Inclui-se nos exames ocupacionais, investigação de hepatites também.

 

Tipos de hepatites, formas de transmissão, prevenção e tratamento:

 

As hepatites virais são doenças muitas vezes silenciosas. Elas nem sempre apresentam sintomas visíveis e, por isso, grande parte das pessoas não sabe que está infectada. Isso faz com que a doença possa evoluir por décadas, sem o devido diagnóstico. Assim, a recomendação é realizar testes regulares.

 

  • Hepatite A

Transmissão: fecal-oral, pela ingestão de alimentos ou água contaminadas, baixos níveis de saneamento básico e de higiene pessoal, contato pessoal próximo e contato sexual com pessoas com hepatite A.

Os sintomas iniciais são fadiga, mal-estar, febre, dores musculares, enjoo, vômitos, dor abdominal, constipação ou diarreia, urina escura, fezes claras e pele e olhos amarelados.

Existe vacina para combater a hepatite A e ela faz parte do calendário infantil no Sistema Único de Saúde (SUS), com esquema de uma dose aos 15 meses de idade, podendo ser utilizada a partir dos 12 meses até 5 anos incompletos.

 

  • Hepatite B

Transmissão: sexo sem proteção, compartilhamento de objetos de uso pessoal como lâminas de barbear e de depilar, escovas de dentes, material de manicure e pedicure, equipamentos para uso de drogas (cachimbos, canudos, seringas) sem a devida esterilização, na confecção de tatuagem e na colocação de piercings com materiais não esterilizados ou descartáveis. Ela também pode ser transmitida de forma vertical, ou seja, durante a gestação ou parto da mãe para o bebê.

 

Na maioria dos casos, a hepatite B não apresenta sintomas. A principal forma de prevenção da infecção pelo vírus da hepatite B é a vacina, que é administrada em três doses (0, 1 e 6 meses), e está disponível no SUS para bebês e todas as pessoas, independentemente da idade.

 

  • Hepatite C

Transmissão: contato com sangue contaminado por meio do compartilhamento de agulhas, seringas e outros objetos perfurocortantes sem a devida esterilização (materiais de manicure, para confecção de tatuagem, para colocação de piercings, equipamentos odontológicos e objetos para uso de drogas, como cachimbos, canudos, seringas). Também por meio de relações sexuais sem o uso de preservativos ou pela transmissão vertical (esses dois casos menos comum).

Assim como a hepatite B, a hepatite C também, na maioria dos casos, não apresenta sintomas.

Procure uma unidade de saúde e faça o teste da hepatite C. A doença tem cura e o tratamento pode ser feito gratuitamente pelo SUS.

 

  • Hepatite D

Transmissão: sexo sem proteção, compartilhamento de objetos de uso pessoal como lâminas de barbear e de depilar, escovas de dentes, materiais de manicure e pedicure, equipamentos para uso de drogas (cachimbos, canudos, seringas), na confecção de tatuagem e na colocação de piercings sem a devida esterilização.

Na maioria dos casos, a hepatite D também não apresenta sintomas. Quando presentes, os mais frequentes são cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura, fezes claras.

 

A melhor forma de prevenir a hepatite D é tomar a vacina contra a hepatite B, visto que esse vírus depende da estrutura do vírus B para se replicar.

 

Lembre-se: vacinas salvam vidas! Na dúvida, busque sempre orientação com profissionais capacitados.

 

Fonte: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-com-ciencia/noticias/2024/julho/julho-amarelo-entenda-a-importancia-da-prevencao-e-controle-das-hepatites-virais